Passadeira com sentido único

Se há momentos em que eu dou valor ao que é ser deficiente motor em cadeira de rodas é quando estou a passear o carrinho da Pespiretinha bebé e me apercebo das dificuldades que tenho em andar nos passeios, nas passadeiras e em certas ruas.
Irrita-me os carros estacionados em cima do passeio, irrita-me as passadeiras que não têm rampa e irrita-me muito mais coisas que agora não interessam.
E enquanto ando a vociferar palavrões e a chamar nomes menos próprios e a tentar arranjar culpados, penso nos outros que não têm a mesma facilidade que eu em deslocar-se para outra rua.

Mas isto são devaneios de uma mãe com um carrinho de bebé. São provavelmente devaneios de uma depressão pós-parto.

Será??

Beijitos doces

4 comentários:

Charroque da Prrofundurra disse...

Não! Eu também reparo muitas vezes nesse ponto, reparo nos passeios, nas bermas e nas passadeiras.

SONHADOR disse...

É triste, mas real.

Beijos.

silvia disse...

pois é amigos. estamos em portugal.
e para não virem praí com piadinhas que somos quase terceiro-mundistas, aqui está a prova de que somos pequeninos mas estamos mais á frente que os grandes.

nem que seja na estupidez e na falta de civismo.

é triste mas é assim ....
desculpem o desabafo, ok??

Anónimo disse...

Pois, realmente é de provocar um nó na garganta...
Quanto ao comentário no cantinho de psicologia, eu não o publiquei porque colocaste o teu email no mesmo e eu desejei garantir a tua privacidade!Daí apenas ter guardado na minha caixa de email :-)
Beijinhos,Sofia,Pedro e Joana