31 de Janeiro de 1983


Foi o dia em que eu descobri que não era imortal.
Foi o dia em que eu percebi que não eram só os mais velhos que morriam.
Foi o dia em que a minha imortalidade de criança passou a ser utópica, porque quando uma prima que tem 20 meses morre e tem menos 9 anos que nós, então nós também podemos morrer...

E porque é que eu me fui lembrar disto??

Porque olho para a minha Joana e vejo-a tão parecida com a Andreia. Aquele cabelo lisinho, lisinho que nem sequer fez caracol de bebé e aquela covinha na cara quando sorri. Não posso deixar de me lembrar.
E eu quero muito que a imortalidade das minhas meninas seja eterna.
É que eu tenho muito medo de as perder...

Beijitos doces

1 comentário:

SONHADOR disse...

nunca se perde.
apenas, parte para um sítio distante.

beijos.