
Mas esta história não é sobre mim, é sobre uma amiga minha que teve bebé há pouco tempo e que se estreou nesta maravilha da epidural. Ah pois é, o pior vem depois. Isto de fazer dor de cabeça e tal são "peanuts" comparativamente aquilo que pode fazer à mente de uma pobre mãe, que por si já não funcionava muito bem. Então a minha amiga na sua actividade profissional tem que lidar com uma carteira de clientes, os quais uns conhece muito bem, outros também conhece muito bem mas é mais diplomata, mais reservada, mais cerimoniosa, etc, etc...
(Quem nunca falou com uma pessoa que sabe que até conhece mas que não sabe muito bem de onde é que conhece e que vai mantendo a conversinha e tal a ver se disfarça e tem a cabecinha a funcionar a 1000 à hora para ver se descobre de onde vem aquela criaturinha de Deus, que atire a primeira pedra.)
Para evitar estes constrangimentos, a minha amiga agora cumprimenta toda a gente. Ai acho que conheço, ora toma lá um bom dia ou uma boa tarde. Ai se calhar até nem conheço, mas vejo muitas vezes, ora toma lá um bom dia ou uma boa tarde. E ficou assim de repente a pessoa mais simpática aqui da cidade e arredores (não que a moça seja antipática, pelo contrário). Mas daí a encontrar um cliente daqueles que tem um trato mais cerimonioso e espetar-lhe com dois beijos bem afinfados naquelas bochechas, meus senhores, isso já é simpatia a mais. Acho que a pessoa até ficou assim de olho arregalado a pensar, coitadinha já não tem cura. O marido diz-lhe que por via das dúvidas é melhor não cumprimentar ninguém. E eu cá acho que não é dela ser loura, porque ela já me tem demonstrado noutras situações que até é bastante inteligente. Olhem que eu sei que fui estagiária dela e eu não minto.
Ela defende-se da seguinte maneira: "Ó Lina, mas isto é uma doença!!"
Ah pois é, é e chama-se principio de Alzheimer...
Beijitos doces
P.S. - eu já contei que quando acordei da anestesia geral me agarrei à primeira médica que tinha à mão e disse: - "Doutora, gosto muito de si!!", a chorar baba e ranho?? Quando vi que não era a minha médica "deslarguei-me" logo e assim que a minha chegou agarrei-me a ela e repeti a dose?? Pronto, começou aí a minha senilidade...
6 comentários:
ehehhe...vais ver que te habituas! Eu cá já vivo com a "doença" há muitosss anos (desde que nasci, talvez?) e... olha, já nem ma lembro dela!!
Eu tou na mesma. Esquecida como tudo,... mas mesmo à séria.
Imagina que quando arrumo alguma coisa nova num determinado lugar, tento fazer um exercício de memorização pois caso contrário daí a dias já não me lembro onde guardei. Um horror!!!!
É deveras preocupante...
olhem, então eu vou contar um little secret. a história da médica foi só o começo desta grave situação. eu acho que a coisa piorou mesmo assim à séria quando um dia fui por umas cuecas dentro do frigorífico para as lavar...
beijitos doces
p.s. - ó Espiga, mas tu não ficaste "desoxigenada" à nascença??
E não te contei eu esta cenassa: um individuo vinha a atravessar a rua do lado contrário ao que eu seguia, a olhar para mim fixamente, eu, cá vai disto e saio-me com o belo Bom Dia!, ele aproxima-se e quando chega perto responde: Ui, Ganda Boazona!
Este seria um daqueles a não comprimentar...
tu és um perigo miuda. já percebo porque é que o teu L. diz para não cumprimentares ninguém. não mexe, não respira, não faz nada... pode ser que as coisas corram bem.
beijitos doces
Sim, foi no que deu o desóxigénio momentâneo: uma piquena espectacular. Agora imagina se não tivesse acontecido esse precalço!!
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