Saudades tuas...

Tantas, tantas que até dói.
E este ciclo que não se fecha, este luto que não se faz. Porque eu não deixo, porque eu não quero. Porque me quero lembrar de ti todos os dias. Não quero deixar de te recordar. Com o tempo a dor transforma-se em saudade e eu vou alimentando essa saudade diariamente. Porque, inexplicavelmente, me conforta. Deixar de o fazer é iniciar um processo de luto que eu não quero, é matar um sentimento que está muito vivo em mim.
E hoje teria sido um dia de alegria, hoje terias feito mais um ano. Foste demasiado cedo arrancada da minha vida. É sempre demasiado cedo, nunca é a altura certa... Tenho muitas saudades tuas e hoje estou um bocadinho assim, angustiada e triste, porque hoje teríamos celebrado mais um ano e porque sei que a mãe também anda angustiada e triste e não o diz.

Queria muito voltar aos meus tempos de infância em que a tua cumplicidade me faziam sentir a neta mais feliz do mundo. Em que os segredos que eu te contava (na certeza de que nunca contarias a ninguém) e a atenção com que me ouvias me faziam sentir a pessoa mais importante da tua vida. Ninguém sabia fazer um pessoa sentir-se bem assim como tu. Até ao fim... Até na despedida... Despedida essa que foi minha, e é essa imagem tua que eu quero guardar no meu coração. É muito minha!!

Beijitos doces

2 comentários:

Anónimo disse...

Caríssima,
Gostei mesmo de ler o que escreveste. É lá do fundo, com sentimento. E bem escrito. Obrigado.
Diogo D'Ajuda

SONHADOR disse...

só para te deixar um beijo.