Há outras versões!!!! - Parte 3


"Entrei, esperei ainda lá dentro meio minuto e finalmente estava perto da Lina. Quando ia no corredor pensei que estava a entrar porque o parto ia ser já a seguir naquele momento e que a sala estaria cheia de médicos e enfermeiros. Afinal, quando lá cheguei só estava a Lina deitada muito calma e uma enfermeira que lhe vinha dar uma das doses da epidural. Estava tudo bem, a Lina tinha 3 dedos de dilatação. Esteve assim durante muito tempo. Esteve-me a contar o que se tinha passado até ali. As águas tinham rebentado às 10:45, vinham com mecónio. Por essa razão perguntaram se queria fazer parte de um estudo, disse que sim e assinou. A Lina perguntava-me se podia dormir um pouco, eu disse claro que sim e até eu não me aguentava e a minha cabeça começou a cambalear. Uma das vezes quase caía do banquinho onde estava sentado. O tempo foi passando, deram-lhe soro, repicagens da epidural e occitocina e eram 15:30 e viram que a dilatação estava muito estacionária, foi então que resolveram dobrar a dose de occitocina. Nessa altura comecei a ficar um pouco preocupado, porque tinha a ideia que iria ser parto normal e a conversa das enfermeiras estava-me a dar a ideia que se calhar iriam para cesariana. Iriam dobrar a dose, esperar para ver. Esperou-se uma hora e quando a médica veio fazer o toque disse: "7 dedos, 8 dedos!" Fiquei logo mais aliviado, as coisas estavam a correr bem. Ufa!!

Passada mais meia hora e isto eram cerca das 17:00 viram que a Lina tinha a dilatação total e começaram a ensinar e a dizer para fazer força. "Faz força como se fosse fazer cocó, força, força, força, força, força... Inspira e faz força, não deita o ar fora quando faz força." A enfermeira quando percebeu que a Lina já sabia fazer, aparecia às vezes na sala, portanto eu ficava ali sozinho com ela a fazer força. Só imaginava que podia nascer a qualquer momento e sabia lá o que fazer. Talvez gritar "Sra Enfermeira!!!!!!!!!!!!"

Depois olhava para a maca, achava muito estreita e pensava que a Rita nascia tão depressa que nem tinha tempo de a apanhar. De vez em quando dizia "Lina, chega-te para aqui, estás muito na ponta..."
Lá vinha uma enfermeira, médica ou médico e depois iam embora."

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