"A dada altura a médica diz "Lina faz força, força, força que já estão uns cabelinhos aqui à porta." e eu pensei que aquilo tudo devia ser só conversa para lhe dar entusiasmo. Quando fui confirmar reparei que era mesmo verdade! Glup. Está mesmo quase. Passado mais algum tempo a médica diz "Está aqui a cabeça". Ela mostrou-me e vi o alto da cabeça da Rita. E como só vi uma pequena parte imaginei logo que a Rita devia ter um palmo de tamanho. Pensamentos irracionais.
Quando a enfermeira se apercebeu que realmente se iria dar o momento da expulsão, em 2 minutos montaram o estaminé, vestiram-se e disseram à Lina para se colocar na posição convencional, etc.
Foi aí que a Lina fez montes de força e então saiu mesmo a cabeça, começaram a endireitar o corpo pela cabeça que parecia que era de qualquer modo, parecia que estavam a lidar com um autêntico boneco de borracha.
Logo, logo apertaram-lhe a garganta para expelir impurezas e líquido amniótico, o resto do corpo nasceu logo de seguida e a Lina disse: "Que escorregadia..." com uma cara de grande alivio e perguntou logo porque não chorava. Disseram que não era o momento, chorou logo a seguir, cortaram o cordão, colocaram a Rita em cima do corpo da Lina e foi automático, esbugalhou os olhos para nós!!
Sim, eu chorei mas foi quando vi a cabeça cá fora e percebi realmente que estava perante a Rita. Uma grande confusão de sentimentos correm à velocidade da luz. Materializou-se a pessoa que nós andávamos a gostar há tanto. No fundo andávamos a gostar de uma expectativa e agora aqui estava ela, neste mundo. Incrível.
Esteve ali uns 10 segundos, a Lina estava aliviada. Levaram a Rita para uma aspiração e uma série de testes, tudo correu bem. Passados uns 10 minutos trouxeram a Rita de novo e a Lina disse para eu ficar com ela porque de seguida iria estar no recobro duas horas a curtir a bebé.
Estive uns 30 minutos com a Rita, enquanto a Lina era cosida, tiravam a placenta e restos de placenta e muito sangue. Esqueci-me de dizer que a Rita nasceu às 17:53 e tinha 3,175Kg.
Estive a admirar a Rita e a dar-lhe beiinhos. Quando a Lina estava pronta, fui lá para fora. Estavam então os pais da Lina, a minha mãe, a Ana e o Tiaguinho à espera para ver a Ritinha. O meu pai chegou um tempo depois e viu a Lina a passar com a Rita na cama, depois de vir do recobro.
Foi então para o 5º andar, quarto nº 1, cama nº 3 do Hospital Garcia de Orta.
A Rita chegou!!
Rui Garcia"
Também tenho a minha versão da mesma história. Qualquer dia publico.
Beijitos doces
1 comentário:
Ok...
Era neste que eu devia ter deixado o comentário.
Bem, em 4 post, lá ficou a história do Pai, sobre o nascimento da 1ª. filhota.
E não desmaiou???
É sempre aquela emoção.
Beijos.
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